O polidrâmnio é um quadro decorrente da elevada quantidade de líquido amniótico e deve ser tratado para evitar complicações na gravidez.
Polidrâmnio leve
Polidrâmnio leve é um quadro que ocorre quando a quantidade de líquido amniótico na gravidez se encontra acima do normal. O cálculo é feito pelo médico na pesagem de ultrassom, onde são verificados os valores considerados normais.
Em geral, o volume do líquido amniótico chega ao máximo por volta de 34 semanas de gestação, quando apresenta entre 800 ml a 1 litro. Depois isso, o volume passa a ser reduzido lentamente, até o momento de o bebê nascer. Porém, quando há a ocorrência de polidrâmnio, o volume pode chegar, em casos extremos, a 3 litros.
Dependendo da intensidade do quadro diagnosticado, a mulher pode apresentar inchaço nas pernas, varizes, dificuldade em respirar, hemorroidas e grande volume abdominal.
As causas da ocorrência de polidrâmnio ainda não são totalmente esclarecidas. Porém, há evidências que esteja associado aos seguintes fatores:
- -Diabetes
- -Infecções intrauterinas
- -Gravidez múltipla
- -Anemia da gestante
- -Transtornos da placenta
- -Características anatômicas do útero
Tratamento
O primeiro passo para o tratamento é identificar a causa dessa complicação. Se a causa for, por exemplo, um processo inflamatório na gestante, o médico poderá fazer o uso de antibióticos.
É importante fazer o acompanhamento com o ginecologista para que sejam tomadas as atitudes necessárias caso aconteça alguma complicação após 32 semanas de gestação. O monitoramento é feito através de exame clínico, laboratorial ou ultrassonografia obstétrica. Caso existam fatores relacionados ao feto, é necessário a ajuda de um especialista na área de medicina fetal.
Em pacientes que apresentam muitos sintomas é realizada uma drenagem do excesso de líquido amniótico. Esse procedimento também é feito quando é verificada uma distensão uterina, dificuldade de ouvir os batimentos cardíacos do feto ou quando o fundo do útero se encontra maior do que o ideal para a fase gestacional.
Consequências
O tratamento é fundamental para evitar complicações que possam prejudicar a saúde do feto e da futura mãe. Entre essas complicações estão:
- -Possibilidade de aborto espontâneo.
- -Ocorrência de defeitos no sistema nervoso e trato intestinal do bebê.
- -Chance elevada de apresentar um sangramento intenso no parto.
- –Nascimento prematuro do bebê devido a uma ruptura precoce nas membranas, resultando do derramamento do líquido amniótico.
- -O bebê pode nascer com o cordão umbilical ao redor do pescoço.
- -Possibilidade de deslocamento da placenta.
- -Em casos mais graves, como uma infecção intrauterina, o bebê nasce enfraquecido e pode chegar ao óbito.
Excesso de líquido amniótico no final da gravidez
Por volta de 20% das mulheres com excesso de líquido amniótico no fim da gravidez acabam tendo um parto prematuro, pois o útero fica muito distendido. Por isso, é importante se dirigir ao hospital assim que tiver algum sinal que indique o início do trabalho de parto.
Com a quantidade elevada de líquido no útero há o risco de que, com o rompimento da bolsa, parte do cordão umbilical saia antes do bebê, o que torna necessário uma cesariana emergencial.
Além disso, pode haver o deslocamento da placenta no momento do parto e a possibilidade de ter uma hemorragia pós-parto, motivo pelo qual os médicos podem optar por marcar uma data para a cesariana.
Polidrâmnio e Oligoidrâmnio
Ao contrário do polidrâmnio, o oligoidrâmnio ocorre quando há uma redução acentuada do volume de líquido amniótico, o que afeta o desenvolvimento do feto. Nesse caso, o útero é menor do que o comum em sua idade gestacional e o feto se movimenta com menos frequência que o normal.
O médico pode recomendar repouso para a gestante, que deve beber muita água para ajudar a melhorar esse quadro.
A informação no texto está errada! Uma má formação do sistema nervoso (ou do trato digestivo) do bebê não é consequência, mas pode ser uma das causas do polidrâmnio, como a médica está dizendo no vídeo!!
Eu perdi meu segundo filho há 29 anos atrás por causa disso, nunca me esqueço desse triste termo!!!
Att,
Cláudia Assunção
Eu tive uma gravidez há 32 anos com esse diagnóstico. Eram gêmeos univitelinos, minha barriga ficou gigantesca e eu fiquei deitada por uns 3 meses, não conseguia sequer virar na cama com falta de ar, para tomar banho quase morria sem ar. Com quase 6 meses começou o trabalho de parto. Eu os perdi. Mandei fazer a autópsia e constataram que um dos cordões umbilicais não tinham a veia e a artéria. O liquido não era renovado e ia so aumentando. Quase morri.