No último domingo (4 de junho), a soldado militar Ana Maria Fernandes de Figueiredo, de Belém, seguiu seu instinto de mãe e amamentou uma bebê que chorava de fome em uma de suas abordagens.
De acordo com a Polícia Militar, ao desconfiar de um homem que estava carregando um bebê muito pequeno na rua, decidiu abordá-lo para averiguar a situação. “Ele não levava nada, nenhuma bolsa. Andava apressado com o bebê, que estava chorando muito”, disse Ana Maria ao site G1.
Os policiais solicitaram a documentação do pai da bebê, mas ele estava sem os documentos. O lavador de carros, então, explicou que aguardava a esposa que teria ido buscar dinheiro em seu local de trabalho. “A gente liberou ele, mas como o bebê chorava muito, fomos até um hotel da região para abrigar a criança e averiguar a situação”, contou a PM.
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O pai da bebê se mostrou bastante nervoso durante a abordagem. Ao mostrar o documento do Conselho Tutelar aos policiais, o mesmo sinalizava que uma filha dele já teria sido encaminhada para o abrigo. “Ele disse que já tinha perdido uma filha e não queria perder outra. Nos passou o número da esposa e entramos em contato”, explicou a soldado.
Ao perceber que a bebê chorava de fome, Ana Maria, que é mãe de um bebê de 2 anos, se comoveu com a situação, e se ofereceu para amamentar a pequena. O pai de Luíza, de apenas 20 dias, entendeu que a menina estava com fome e autorizou que a Soldado amamentasse a bebê. “A gente olha uma criança chorando, numa situação daquela. Temos que suprir as necessidades dela. Quando eu me dispus a amamentar, e o pai autorizou na hora, ele estava agoniado com o choro”, diz. “A gente pensa no nosso filho, mãe é mãe”, revelou Ana.
Recomendação médica
Apesar do ato comovente da Soldado, o Conselho Federal de Medicina não recomenda essa prática. A recomendação é que apenas a mãe amamente seu filho.“A princípio, a recomendação é essa. Porque a pessoa (que amamenta) pode ser portadora de alguma doença contagiosa, ou faça uso de alguma medicação que possa fazer mal ao bebê. Mas se a mulher tiver com a saúde em dia, é outra situação”, disse a pediatra Giselle Toscano.
No caso dos bancos de leite, o material doado é pasteurizado e tratado para que ocorra total segurança alimentar aos bebês que consomem o leite doado.