A placenta possui várias funções durante o período da gestação, mas ao longo da gravidez pode apresentar alterações que trazem riscos e complicações para o bebê e para a mamãe.
Durante a gestação é classificada em graus que variam do 0 ao 3. Mas o que pode apressar um parto são as condições que a placenta está, e não o grau.
Entenda a importância desse órgão para o desenvolvimento do bebê e o que determina a sua classificação no decorrer da gravidez.
O que é placenta?
A placenta é um órgão indispensável para a formação do bebê, mantendo-o vivo até o momento de nascer.
O tecido da placenta começa a se formar logo após a implementação do óvulo na parede do útero, desenvolvendo-se por completo ao final do primeiro trimestre da gestação.
Com o avanço da gravidez, há o aumento do peso e volume da placenta, acompanhando o crescimento do feto.
Ela é irrigada por vários vasos sanguíneos, recebendo o sangue materno, que é rico em nutrientes e oxigênio para o bebê.
Após o parto normal, ocorre a sua eliminação de forma espontânea.
Função da placenta
Entre as funções da placenta para a manutenção e evolução da gravidez estão:
- Fornecimento de nutrientes e oxigênio ao bebê;
- Transferência de calor;
- Proteção do bebê contra infecções;
- Produção de hormônios;
- Excreção de resíduos produzidos pelo feto (como urina);
- Proteção do bebê contra impactos na barriga da mãe.
Para que serve?
Através da placenta ocorre a troca entre as circulações sanguíneas da mãe e do bebê através do cordão umbilical. Dessa forma, é oferecido tudo o que é necessário para o desenvolvimento do bebê, como o oxigênio e o combate a infecções.
É também através da placenta que hormônios essenciais para a manutenção da gravidez são segregados (como a progesterona, gonadotropina coriônica, estrogênios, hormona lactogênica).
O que significa placenta grau 0,1,2,3?
Com o avanço da gestação, a placenta começa a “envelhecer”, tornando-se mais dura e calcificada. Esse é um processo natural e que não causa riscos para o bebê.
Porém, esse envelhecimento pode ser acelerado devido a alguns fatores, como hipertensão arterial, tabaco ou infecções. Por isso, é necessário monitorar o grau da placenta para avaliar se o bebê está recebendo os nutrientes e oxigênio adequadamente.
O grau da placenta é medido através da ecografia e vai de uma escala de 0 a 3. Quanto maior for o número da escala, mais “envelhecida” a placenta está, como é mostrado a seguir:
- Placenta Grau 0
Considerado o grau mais comum no primeiro semestre da gravidez. Nesse estágio, a placenta apresenta uma aparência homogênea e sem nenhum sinal de calcificação.
- Placenta Grau 1
A placenta começa a mostrar sinais de desgaste a partir do segundo trimestre da gravidez. Nesta fase, ela possui uma textura ondulada e algumas calcificações. O envio de nutrientes e oxigênio para o feto continuam eficientes até por volta de 28 a 30 semanas.
- Placenta Grau 2
Durante essa fase (que se mantém até 36 a 37 semanas da gestação) a calcificação se intensifica, principalmente na região onde a placenta se liga ao útero.
- Placenta Grau 3
Esse grau é considerado o máximo de maturidade da placenta, onde a calcificação se encontra acentuada e difundida. Apesar disso, a placenta pode realizar sua função até o término da gestação, não sendo necessário antecipar o parto.
Porém, se a gravidez atinge Grau 3 antes de 34 semanas, o bebê pode se desenvolver em um ritmo inferior. Por essa razão, o obstetra pode aumentar a frequência das ecografias para acompanhar o desenvolvimento do feto, além de recomendar descanso e um reajuste na alimentação da mãe.
O que é placenta baixa?
A placenta baixa (ou placenta prévia) tem como característica a localização mais abaixo no útero do que o ideal, que seria no alto do útero.
Ao invés disso, a placenta fica localizada próximo ou acima do colo do útero, dificultando o parto normal.
Em casos mais delicados, há a recomendação de repouso para evitar sangramentos e, caso necessário, a gestante precisa ser internada para monitoramento.
Não há causas aparentemente relacionadas aos casos de placenta baixa, mas existem alguns fatores que podem contribuir para esse quadro, como:
- Útero em formato diferenciado;
- Várias gravidezes anteriores;
- Gravidez gemelar.
Placenta baixa pode subir?
Há casos onde a placenta baixa começa a subir com o avanço da gestação, passando a se localizar no local correto.
Caso a placenta se localize parcialmente baixa até 20 semanas de gestação, ainda é possível que ela suba e se localize de maneira correta.
Descolamento de placenta: riscos para o bebê
O deslocamento da placenta pode fazer com que o bebê nasça muito cedo ou com baixo peso, além de causar sequelas no desenvolvimento da criança devido à falta de oxigenação.
Em casos mais graves, pode resultar em sofrimento fetal e até na morte do bebê.
Descolamento prematuro de placenta
O mais provável é que o deslocamento prematuro aconteça nas 12 últimas semanas da gestação. Entre as causas principais desse quadro estão:
- Perda rápida de líquido amniótico;
- Lesão abdominal;
- Pressão arterial elevada;
- Fumar durante a gravidez;
- Mãe com mais de 40 anos.
Sintomas de descolamento
Os sintomas clássicos que podem indicar o deslocamento da placenta são o amadurecimento uterino precoce (Distócia funcional), dores nas costas ou no abdômen, sangramento e rápidas contrações uterinas.
Em caso de apresentar algum sintoma que caracterize em deslocamento prematuro é necessário buscar atendimento médico imediatamente.
Som da placenta
Enquanto o bebê está dentro da placenta ele não fica em completo silêncio, pois é possível ouvir constantemente as atividades do corpo da mãe, como a respiração, sangue correndo nas veias, funcionamento do estômago e intestino, batimento do coração, etc.
Há algum tempo foi descoberto que o som da placenta tem a capacidade de acalmar os bebês. Relatos de mães confirmam que seus bebês param de chorar ao ouvir o áudio que reproduz o som do útero.
Esses áudios são encontrados facilmente na internet e podem fazer o recém-nascido adormecer em alguns minutos.
De acordo com especialistas, o motivo é porque nem sempre os bebês choram porque estão com fome, sede ou sono, mas porque se sentem inseguros.
Por isso, ao ouvir o som semelhante ao que ouviam na placenta, sentem a segurança do ambiente protegido de quando estavam no útero materno.