Mesmo sendo um assunto delicado, entender o que faz perder o bebê no início da gravidez é importante para a mãe que se encontra nessa fase. Isso porque algumas das causas podem ser minimizadas ou até mesmo evitadas.
Na maioria dos casos, o aborto espontâneo se dá nos primeiros meses da concepção. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a perda do bebê na fase inicial da gravidez acontece em 20% das gestações.
Até cerca de 15 semanas, as chances de ter a gestação interrompida são maiores, o que torna essencial tomar os devidos cuidados. Conforme as semanas passam, os riscos da mãe perder o bebê diminuem drasticamente.
Vamos mostrar a seguir quais são os fatores que podem levar ao aborto no início da gestação e o que fazer para reduzir esses riscos.
O que faz perder o bebê no início da gravidez? Conheça os 11 fatores de risco
São vários os fatores que podem levar a interrupção da gravidez e do sonho de ser mãe.
Confira também: Desenvolvimento do bebê mês a mês
As causas podem estar relacionadas a malformações e complicações, ou ser o resultado do uso de medicamentos e outras substâncias nocivas ao feto.
Por isso, é importante conhecer quais são esses fatores para evitá-los ou receber o acompanhamento médico adequado. Conheça as principais causas a seguir:
1 – Idade avançada
Gestantes com mais de 40 anos de idade apresentam um risco de aborto de 40%. A partir dos 45 anos a porcentagem sobe para 80%.
2 – Produção anormal de hormônios
Produção alterada de progesterona e hormônios da tireoide podem afetar o desenvolvimento fetal, resultando em aborto.
3 – Alterações uterinas
Alterações no útero dificultam a implantação do embrião, muitas vezes impedindo o seu desenvolvimento.
4 – Aborto espontâneo anterior
O risco de aborto é maior no caso de mulheres que já sofreram esse processo por duas ou mais vezes.
5 – Excesso ou falta de peso
Mulheres obesas ou abaixo do peso precisam receber acompanhamento médico para evitar complicações que podem resultar em aborto.
6 – Cafeína
O consumo excessivo de café diariamente (entre 2 a 4 xícaras) elevam as chances de aborto.
7 – Automedicação
Usar medicamentos sem prescrição médica aumentam o risco de aborto, principalmente pouco tempo após a concepção.
8 – Infecções
Rubéola, HIV, sífilis, toxoplasmose e outros tipos de infecção podem levar à perda do bebê.
9 – Cigarro
O tabagismo materno aumenta as chances de aborto em até 3 vezes.
10 – Drogas e álcool
O consumo de drogas ilícitas e bebidas alcoólicas podem resultar em aborto e também em malformações no feto. Além disso, afeta o desenvolvimento cognitivo e físico do bebê.
11 – Diabetes
A diabetes insulinodependente pode resultar na perda do bebê se não for controlada.
Para evitar a perda do bebê, é imprescindível realizar o pré-natal corretamente. Assim, caso a gestante apresente algum desses fatores, os riscos podem ser minimizados com o acompanhamento feito por especialistas.
Quando diminui o risco de perder o bebê?
Após a gravidez completar 15 semanas, os riscos de perder o bebê caem drasticamente, sendo de apenas 2%. Por isso mesmo, muitos pais optam por informar sobre a gravidez a amigos e familiares depois de completar os 3 meses.
Quando o coração do bebê começa a bater, isso indica que a gestação tem tudo para se desenvolver bem. Nessa fase, o saco gestacional se encontra devidamente instalado no útero materno, eliminando o risco de aborto causado por um deslocamento.
Além disso, muitas vezes a gestação é interrompida por conta de uma malformação ou problemas genéticos. Com o avanço da gravidez, os riscos de um aborto por esses motivos são reduzidos.
Quando perde o bebê tem que fazer curetagem?
A curetagem é um procedimento onde é feita a raspagem na parede uterina, sendo indispensável para mulheres que apresentam:
- abortamento retido: quando os batimentos cardíacos do bebê cessam, mas não ocorre a exteriorização de maneira espontânea
- abortamento incompleto: quando não houve a completa saída do feto, apesar de ter ocorrido sangramento.
Trata-se de um procedimento indolor, realizado com uso de anestesia. Após algumas horas no hospital, a mulher recebe alta, devendo permanecer em repouso entre 15 e 20 dias.
Veja mais: Aborto Retido
Quais são os sintomas de perder um bebê?
Em geral, os abortos espontâneos acontecem antes de completar 12 semanas de gravidez. Por isso, muitas vezes pode acontecer quando a mulher nem suspeita que está grávida.
Veja quais são os sinais que podem indicar um aborto:
Sangramento
O sinal mais comum de perda do bebê é quando a mulher perde sangue pelas partes íntimas. Isso acontece devido à descamação na parede uterina, local onde o embrião se encontra alojado.
Porém, é importante ressaltar que nem todo sangramento consiste em um aborto. Em geral, ele vem associado a dores cada vez mais intensas.
Atraso na menstruação
Se a mulher teve relações desprotegidas e a menstruação veio com atraso, é possível que se trate de um aborto espontâneo. Em geral, o sangramento apresenta um aspecto diferente da menstruação que acontece nos outros meses.
Dor lombar
Sentir cólicas e dores lombares constantemente ou de tempos em tempos pode indicar a perda do bebê. Essa sensação pode indicar que o útero está se contraindo para eliminar o feto e realizar a limpeza do útero.
Ausência dos sintomas de gravidez
Se a mulher passa por um sangramento e os sintomas clássicos de gravidez somem, como náuseas e mamas sensíveis, pode ter ocorrido um aborto. Isso ocorre porque, sem o feto no útero, os hormônios da gestação param de ser produzidos.
Coágulo de sangue
A mulher pode expelir um coágulo de sangue, ou até mesmo um jato de sangue rosado. Há casos em que esse sintoma vem acompanhado de dor ou cólicas.
Seja qual for o sintoma que pode indicar a perda do bebê, apenas com um exame médico é possível afirmar. Por isso, é fundamental que a mulher busque atendimento médico no caso de suspeita.
Após se informar sobre o que faz perder o bebê no início da gravidez, é fundamental tomar os cuidados necessários.
Isso inclui desde uma alimentação equilibrada e bom hábitos de saúde até o acompanhamento pré-natal regular.
Saiba ainda: Ultrassom Morfológico