Mola hidatiforme, cientificamente conhecida como doença trofoblástica gestacional, é um tumor que evolui durante a gravidez e resulta em um aborto espontâneo.
O desenvolvimento da doença ocorre a partir de células que ficaram no útero após um aborto ou gestação completa.
No estágio inicial, a mola hidatiforme é um tumor benigno, entretanto, se não for tratado corretamente e retirado por completo, pode ultrapassar a parede uterina, alastrar-se para outras partes do corpo e tornar-se maligno.
Sintomas da Mola Hidatiforme
A doença é percebida durante o ultrassom realizado ainda no primeiro trimestre.
Mola Hidatiforme completa
Em uma gravidez em mola parcial, o óvulo é fecundado por um ou dois espermatozoides com uma quantidade de cromossomos maior que o correto para gerar um embrião. Enquanto um feto saudável possui 46 cromossomos, em uma gestação em mola parcial o embrião recebe 69 cromossomos, o que impede o seu crescimento e, inevitavelmente, não consegue sobreviver além do terceiro mês de gestação, apesar de a placenta continuar a se desenvolver como se a gestação evoluísse.
No caso da mola hidatiforme completa, o óvulo não recebe cromossomos, portanto, o espermatozoide fecunda o óvulo, mas não há a formação do embrião, apesar da placenta também desenvolver como se a gravidez evoluísse normalmente.
Causas
As causas da mola hidatiforme são, conhecidamente, pelo óvulo ser fecundado por dois espermatozoides ou por apenas um que carrega uma quantidade de cromossomos maior que o normal. Também é causada por uma gestação iniciada em um útero com células que contenham o tumor e que não foram retiradas pelo desconhecimento da mãe ou por um tratamento incompleto.
Mola Hidatiforme tratamento
Se o tratamento é iniciado ainda no período inicial da gestação, ou seja, no primeiro trimestre, a chance de total recuperação é de 100%. Por isso, é extremamente importante a gestante iniciar o pré-natal tão logo saiba da gestação e realizar o primeiro ultrassom nas primeiras semanas.
Após o tratamento, no geral, a mulher poderá engravidar novamente sem quaisquer complicações. No caso de tratamento na fase inicial da mola hidatiforme, é feita uma curetagem para uma limpeza completa do útero, para que não haja nenhum vestígio de células que possam novamente reproduzir a doença.
No caso da doença ser constatada em um estágio mais avançado, a chance de recuperação é de 85% mas, caso o tumor já tenha se alastrado para outros órgãos, a mulher poderá ser submetida, além de cirurgia, aos processos de quimioterapia ou radioterapia. É fundamental que o tratamento seja realizado completamente, caso contrário, as células poderão invadir outros órgãos. Após o útero, é mais comum que os pulmões e o cérebro sejam afetados pela doença, o que reduz drasticamente a chance de cura.
Diagnóstico
Análises de sangue e urina conseguem detectar a presença excessiva de um hormônio chamado gonatrofina crônica humana (GCH), que é produzido pelas células trofoblásticas. Esse hormônio, em quantidade muito superior à uma gestação regular, pode indicar a doença, o que geralmente leva o médico a solicitar o ultrassom o mais breve possível para um diagnóstico preciso.