A gravidez é um dos momentos mais belos na vida de uma mulher, de descobertas e emoções fortes. Como parte do processo, surgem também algumas dúvidas, principalmente para mamães de primeira viagem, pois a cada dia há uma novidade.
Muitas mamães sofrem com a falta de orientação e de uma maior clareza nas informações que são passadas ao longo das consultas de pré-natal.
Um dos pontos que a mãe deve estar sempre atenta é quanto ao uso de medicamentos na gravidez. Alguns deles, nessa fase da vida da mulher, não podem ser consumidos, por serem prejudiciais e trazerem sérias complicações ao bebê, inclusive podendo provocar um aborto precoce.
Mas, fique tranquila. A seguir você vai encontrar as principais informações sobre os medicamentos que causam risco na gravidez e que vão te ajudar bastante. Confira:
A classificação dos medicamentos
Para auxiliar as mamães o FDA (Food and Drug Administration), órgão americano responsável pela regulamentação dos medicamentos, desenvolveu uma tabela baseada em estudos científicos que classifica-os de acordo com os diferentes níveis de gravidade e sequelas que eles podem causar ao feto e a mãe. É uma informação que obrigatoriamente deve constar na ficha técnica de todos os remédios.
Existem 5 classificações, sendo – A, B, C, D e X.
- Riscos A, B ou C – a grávida só pode utilizar mediante prescrição médica e se for extremamente necessário.
Os medicamentos que causam riscos na gravidez são os de:
- Risco D: Fenobarbital, Propiltiouracilo, Ciclofosfamida, Amitriptilina; Espironolactona, Primidona, Benzodiazepinas, Azatioprina, Estreptomicina, Fenitoína, Bleomicina, Fenobarbital, Cisplatino, Hidroclorotiazida, Clorazepato, Cortisona, Clobazam, Clorambucil, Valproato, Mercaptopurina, Vincristina, Daunorrubicina, Citarabina, Imipramina, Doxorrubicina, Enalapril e Metadona.
- Risco X: Metotrexato, Penicilamina e Tetraciclinas.
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Lembrando que os nomes citados são apenas alguns.
- Os medicamentos de risco X trazem evidências de risco para o feto ou anormalidades, portanto em hipótese alguma a mulher deve usar durante a gravidez.
- Já os de risco D, a grávida não pode fazer uso porque estudos revelaram evidências de risco ao feto. Somente devem ser consumidos se o benefício justificar o risco em potencial.
Portanto, antes de fazer uso de qualquer remédio consulte sempre um médico e busque orientações específicas sobre o risco que tal droga poderá gerar para sua gravidez.
O que você achou dessas informações? Tem alguma dúvida? Deixe seu comentário.
Confira nessa tabela abaixo uma lista com algumas observações sobre mais medicamentos e seu uso na gestação:
Fármacos | Comentário |
Acetato de hidrocortisona | Evitar uso em grande quantidade ou por tempo prolongado devido ao risco de anomalias fetais. |
Acetato de leuprorrelina | Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. |
Acetato de medroxiprogesterona | Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. Podem ocorrer malformações genitais e cardíacas em fetos de ambos os sexos. |
Acetato de megestrol | Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. |
Acetazolamida | Evitar no primeiro trimestre da gravidez. |
Ácido acetilsalicílico | Evitar no terceiro trimestre devido a risco de hemorragia, atraso do início e aumento da duração do trabalho de parto; evitar doses analgésicas nas últimas semanas; doses elevadas podem levar ao fechamento do ducto arterioso fetal no útero e possivelmente hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido e kernicterus em neonatos ictéricos. |
Ácido salicílico | Avaliar risco/benefício para o feto, pois estudos de aplicação excessiva em animais demonstraram potencial teratogênico e aumento do risco de hemorragia, devendo-se evitar o uso principalmente no terceiro trimestre da gravidez. |
Albendazol | Evitar engravidar durante o tratamento ou no prazo de 1 mês após completada a terapia. Não deve ser utilizado durante o primeiro trimestre de gravidez no caso de infecção por nematódeos. Se houver suspeita de gravidez durante o tratamento, recomenda-se interrupção do mesmo e consulta a um médico. |
Amiodarona | Evitar uso. Existem fármacos alternativos mais seguros. |
Anastrozol | Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. |
Anfotericina b | Embora haja poucos dados sobre a segurança deste fármaco na gravidez, é considerado o tratamento de primeira escolha nas infecções micóticas disseminadas durante a gravidez. |
Artesunato de sódio | Contra-indicado no primeiro trimestre da gravidez |
Asparaginase | Riscos para o feto incluem os efeitos adversos listados para o uso em adultos. |
Atenolol | Beta-bloqueadores durante a gravidez podem prejudicar o crescimento do feto, causar hipoglicemia e bradicardia neonatal. |
Azatioprina | Contra-indicado em mulheres gestantes ou que possam vir a engravidar. Pacientes transplantadas não devem interromper o uso em caso de gravidez; o uso durante a gravidez deve ser cuidadosamente supervisionado. |
Besilato de anlodipino | Evitar uso durante a gravidez, porém, o risco ao feto deve ser balanceado com o risco de hipertensão materna descontrolada. |
Brometo de pancurônio | Reduzir dose em mulheres que usam sulfato de magnésio para toxemia gestacional, uma vez que este aumenta bloqueio neuromuscular. |
Brometo de piridostigmina | Evitar superdosagem porque gravidade da miastenia gravis flutua consideravelmente durante a gravidez. Superdosagem pode desencadear crise colinérgica e miastenia neonatal. No trabalho de parto, a dose parenteral deve ser dada 1 hora antes do segundo estágio, facilitando o trabalho de parto e protegendo o neonato no pós-parto imediato. |
Cabergolina | Uso não recomendado para pacientes com hipertensão gestacional pelo risco de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia. |
Calcitriol | Possui alto potencial teratogênico; a hipercalcemia secundária pode provocar estenose supravalvar aórtica, dano vascular e supressão da paratireóide no recém-nascido |
Captopril | Uso contra-indicado. Além de potenciais malformações no primeiro trimestre, os IECA podem causar danos ou morte ao feto em qualquer trimestre da gravidez. |
Carbamazepina | Primeiro trimestre: risco de teratogênese e defeitos no tubo neural, recomenda-se suplemento de folato. Terceiro trimestre: risco de deficiência de vitamina K e sangramento neonatal. A combinação com outros anticonvulsivantes aumenta o risco de malformação. Contudo, os benefícios do uso do anticonvulsivante justificam seu uso, sob monitoramento criterioso, a despeito dos riscos envolvidos. |
Carbonato de cálcio | Uso seguro durante a gravidez quando em doses recomendadas. |
Carbonato de lítio | Uso de lítio não é recomendado durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, devido ao risco de anomalia de Ebstein. |
Carboplatina | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Ciclofosfamida | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Ciclosporina | Uso requer supervisão especializada. Há risco de parto prematuro e baixo peso fetal. |
Cipionato de testosterona | Potencial virilização de feto do sexo feminino |
Citarabina | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Citrato de clomifeno | Uso contra-indicado. Aumento do risco de gravidez ectópica e da incidência de nascimentos múltiplos. O fármaco pode comprometer o desenvolvimento fetal. |
Citrato de dietilcarbamazina | Realizar o tratamento da mãe somente após o nascimento da criança. |
Citrato de fentanila | Terceiro trimestre: pode levar a depressão respiratória do neonato, síndrome de abstinência em neonatos de mães dependentes, estase gástrica e risco de pneumonia inalatória durante o trabalho de parto |
Citrato de tamoxifeno | Evitar uso devido a possíveis danos fetais. Em mulheres em idade fértil deve ser utilizada contracepção efetiva durante o tratamento e por até 2 meses após o término do mesmo |
Cladribina | Evitar gravidez durante e por até 6 meses após o tratamento. |
Clonazepam | Evitar uso no primeiro trimestre da gravidez; quando usado após este período, o recém-nascido pode apresentar sintomas de abstinência |
Clorambucila | Evitar uso; recomenda-se contracepção efetiva durante uso em homens ou mulheres devido a risco de malformações. |
Cloranfenicol | Uso próximo ao termo pode resultar em desenvolvimento da síndrome cinzenta no neonato. |
Cloridrato de amiodarona | Contra-indicado em mulheres grávidas. |
Cloridrato de amitriptilina | Não há relatos de teratogenia com o uso de antidepressivos, mas a dose deve ser reduzida no final da gravidez para evitar os efeitos atropínicos no recém-nascido. |
Cloridrato de bupivacaína | Dose elevada durante o terceiro trimestre pode ocasionar depressão respiratória, hipotonia e bradicardia neonatal. |
Cloridrato de cetamina | Terceiro trimestre: risco de depressão respiratória neonatal. |
Cloridrato de clomipramina | Reduzir dose ao final da gravidez para evitar efeitos anticolinérgicos no neonato. |
Cloridrato de clorpromazina | Neonato pode apresentar síndrome de abstinência com tremores e vômitos. Doses elevadas podem aumentar risco de icterícia neonatal, hiperbilirrubinemia, estados apáticos e letargia. |
Cloridrato de dopamina | O uso durante o primeiro trimestre de gravidez tem sido associado à um efeito tocolítico e estudos em animais têm demonstrado aumento da incidência de anormalidades fetais. |
Cloridrato de doxiciclina | No primeiro trimestre há relato de efeito sobre o esqueleto e desenvolvimento em estudos com animais. No segundo e terceiro trimestre, descoloração dos dentes. |
Cloridrato de doxorrubicina | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Cloridrato de hidralazina | Cautela com o uso em hipertensão grave durante a gravidez. Risco de trombocitopenia neonatal após o uso extensivo do fármaco. Primeiro e segundo trimestres: evitar o uso. |
Cloridrato de idarrubicina | Evitar o uso, pois possui potencial carcinogênico e teratogênico. Entretanto, os benefícios da terapia em situações de risco de vida ou severidade da doença podem contrabalançar o potencial de risco. |
Cloridrato de lidocaína | Uso de doses elevadas no terceiro trimestre pode causar depressão respiratória, hipotonia e bradicardia, no neonato, após bloqueio paracervical ou epidural. |
Cloridrato de lidocaína + hemitartarato de epinefrina | O uso de vasoconstritores adrenérgicos deve ser cauteloso na grávida, pelo pequeno risco potencial de diminuir a irrigação placentária, em decorrência do efeito vasoconstritor em musculatura lisa uterina, circulação placentária e veias umbilicais. |
Cloridrato de mefloquina | Evitar gravidez durante e por 3 meses após término de tratamento |
Cloridrato de midazolam | Deve ser prescrito como monoterapia, na menor dose efetiva, e por um período mais curto possível; as doses devem ser divididas a fim de evitar picos elevados de concentração plasmática. Não é recomendado para indução de anestesia na cesariana. |
Cloridrato de minociclina | Não é recomendável o uso durante a gravidez, pelo risco de causar problemas no desenvolvimento esquelético e descoloração dos dentes. |
Cloridrato de naloxona | A dependência materna a opiáceos pode ser acompanhada de dependência fetal. A naloxona atravessa a placenta, rapidamente aparecendo no sangue fetal 2 minutos após a dose materna podendo precipitar sintomas de retirada no feto e na mãe. |
Cloridrato de nortriptilina | Reduzir dose ao final da gravidez para evitar efeitos anticolinérgicos no neonato. |
Cloridrato de ondansetrona | Atravessa a barreira placentária durante o primeiro trimestre de gravidez. Segurança durante a gravidez tem sido melhor estabelecida com outros antieméticos; anti-histamínicos e vitamina B6 parecem ser alternativas mais seguras. |
Cloridrato de piridoxina | Doses acima de 200 mg/dia, por tempo prolongado, podem produzir síndrome de dependência à piridoxina no recém-nascido e convulsão neonatal, contudo, é considerado seguro na gravidez. |
Cloridrato de prometazina | Evitar uso no período de 2 semanas antes do parto. |
Cloridrato de propranolol | O uso de beta-bloqueadores pode prejudicar o crescimento do feto, causar hipoglicemia e bradicardia neonatal. |
Cloridrato de verapamil | Pode ter efeito tocolítico. |
Cloridrato de prilocaína + felipressina | Terceiro trimestre: pode ocasionar depressão respiratória neonatal, hipotonia e bradicardia, após bloqueio epidural ou paracervical; metahemoglobinemia após bloqueio paracervical. |
Dacarbazina | Potencialmente mutagênico e teratogênico. Utilizar contraceptivo até 6 meses após o tratamento. |
Dapsona | Se for usada durante o terceiro trimestre de gravidez pode causar hemólise neonatal e meta-hemoglobinemia. Recomenda-se a ingestão de 5 mg de ácido fólico pela gestante. |
Dexametasona | Não deve ser usado em grande quantidade ou por tempo prolongado devido ao risco de anomalias fetais. |
Diazepam | O uso na gravidez induz malformações; administrado próximo ao parto, induz hipotonia e sintomas de abstinência no recém-nascido. Primeiro e segundo trimestres: pode aumentar o risco de aparecimento de fissura labial palatina. |
Dicloridrato de quinina | Primeiro trimestre: a administração de doses altas é teratogênica e também pode induzir o aborto. No entanto, o risco de malária é considerado maior que o risco para o feto. |
Didanosina | Primeiro trimestre: aumenta o risco de acidose lática e esteatose hepática. Terceiro trimestre: monitorar freqüentemente enzimas hepáticas e eletrólitos. |
Difosfato de primaquina | Terceiro trimestre: possibilidade do feto apresentar deficiência de g6pd (glicose-6-fosfato desidrogenase), além de hemólise e meta-hemoglobinemia neonatal. Após o tratamento com cloroquina, deve-se adiar o tratamento de cura radical com primaquina até o término da gravidez. |
Dipirona sódica | Primeiro e terceiro trimestres: possível fechamento prematuro de ducto arterial e retardo do trabalho de parto. |
Dipropionato de beclometasona | O uso prolongado durante a gravidez está associado a maior incidência de partos prematuros e baixo peso da criança ao nascer. |
Docetaxel | Em geral os antineoplásicos quando dados no primeiro trimestre da gravidez têm sido associados à malformação fetal; no segundo e terceiro trimestre podem determinar retardo no crescimento e maturação fetal. |
Enantato de noretisterona + valerato de estradiol | Risco de malformações fetais. Pode ocorrer aumento da incidência de gravidez ectópica. |
Espironolactona | Estudos mostram toxicidade em animais (feminização de fetos masculinos). |
Estreptoquinase | Cautela em todos os trimestres da gravidez, pois há possibilidade de descolamento prematuro da placenta nas primeiras 18 semanas; possibilidade de hemorragia fetal, hemorragia materna durante a gravidez e no pós-parto. |
Estriol | Estrógenos em geral não devem ser utilizados durante a gravidez. Estudos epidemiológicos mostraram risco de malformações fetais. |
Estrogênios conjugados | Estrógenos em geral não devem ser utilizados durante a gravidez. Estudos epidemiológicos mostraram risco de malformações fetais. |
Etinilestradiol + levonorgestrel | Estrógenos em geral não devem ser utilizados durante a gravidez. Estudos epidemiológicos mostraram risco de malformações fetais. |
Etoposídeo | Têm sido relatados efeitos teratogênicos com o etoposídeo. Dependendo da natureza da malignidade, da progressão da doença, e quanto avançada se encontra a gravidez, a quimioterapia pode em alguns casos ser adiada até que se complete a maturação fetal. O parto pré-termo pode ser outra alternativa desde que se possam conciliar os riscos materno e fetal. |
Fenitoína sódica | A síndrome fetal da hidantoína ocorre em 10 a 30% das gestantes expostas, podendo resultar em anomalias fetais multissistêmicas, incluindo disfunção do SNC, anomalias craniofaciais, malformações maiores, hipoplasia ungueal/digital, neuroblastoma, hemorragia no neonato por ocasião do parto. |
Fenobarbital | Devido a relatos de efeitos teratogênicos, o uso durante a gravidez não é recomendado, exceto quando as convulsões maternas ofereçam grande risco ao feto; se houver opção pelo uso, administrar a menor dose efetiva e avisar a gestante dos riscos sobre o feto. Último trimestre da gravidez: risco do neonato apresentar sintomas da retirada do fármaco, ou ainda defeitos de coagulação que determinaram hemorragias nas primeiras 24 horas de vida, incluindo hemorragia intracraniana grave secundária à deficiência de vitamina K em conjunto com um parto traumático. |
Fluconazol | O uso é contra-indicado durante a gravidez, pois há registros de anormalidade congênitas múltiplas em esquemas posológicos de longa duração. Primeiro trimestre: risco de malformação congênita. Segundo e terceiro trimestres: pode afetar o crescimento e desenvolvimento funcional do feto ou ter efeitos tóxicos sobre o tecido fetal. |
Fluoreto de sódio | Risco fetal é mínimo. Flúor atravessa barreira placentária, com níveis sangüíneos fetal e materno quase iguais no platô. |
Fluoruracila | Contra-indicado na gravidez e em mulheres planejando gravidez. |
Fosfato de codeína | Terceiro trimestre: deprime respiração neonatal; efeitos de retirada em neonatos de mães dependentes; estase gástrica e risco de pneumonia de inalação na mãe durante o trabalho de parto. |
Fosfato sódico de prednisolona | Crianças e mães tratadas com prednisolona durante a gravidez devem ser monitoradas pois há risco de hipoadrenalismo. |
Glibenclamida | Primeiro trimestre: risco de hipoglicemia neonatal. Recomenda-se substituir por insulina durante a gravidez. Suspender o uso dois dias antes do parto. |
Gliclazida | Primeiro trimestre: risco de hipoglicemia neonatal. Recomenda-se substituir por insulina durante a gravidez. Suspender o uso dois dias antes do parto. |
Heparina sódica | Uso por mais de um mês oferece risco materno de osteopenia, osteoporose e trombocitopenia induzida por heparina. Sugere-se uso de cálcio profilático e suplementação de vitamina D. |
Hidroclorotiazida | Não é recomendado para tratamento da hipertensão na gravidez, pois pode gerar trombocitopenia neonatal. |
Hidróxido de magnésio + hidróxido de alumínio | Evitar uso crônico de doses altas. |
Hidroxiuréia | Mulheres em idade fértil devem utilizar métodos de contracepção efetivos. |
Ibuprofeno | Terceiro trimestre: com uso regular fechamento do ducto arterioso fetal no útero e possivelmente hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido. Início retardado e aumento da duração do trabalho de parto. |
Ifosfamida | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Iodo + iodeto de potássio (sol. de lugol) | Segundo ou terceiro trimestres: pode promover bócio e hipotireoidismo neonatal. |
Isoflurano | Primeiro trimestre: pode ocasionar aumento do sangramento uterino. Terceiro trimestre: risco de depressão respiratória neonatal. |
Lamivudina | Primeiro trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a toxicidade ao feto, reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão vertical. |
Levotiroxina sódica | Monitorar a concentração plasmática materna de TSH a cada trimestre, porque a tiroxina atravessa a barreira placentária. |
Lopinavir + ritonavir | Primeiro trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a toxicidade ao feto, reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão vertical. |
Maleato de enalapril | Causa malformações quando administrado na gravidez, principalmente em 2º e 3º trimestres. Evitar em todos os trimestres. |
Maleato de midazolam | Deve ser prescrito como monoterapia, na menor dose efetiva, e por um período mais curto possível; as doses devem ser divididas a fim de evitar picos elevados de concentração plasmática. Não é recomendado para indução de anestesia na cesariana. |
Maleato de timolol | Relato de associação a bradicardia e arritmia no neonato com o uso oftálmico na mãe. |
Manitol | Uso não recomendado, em função do influxo intravascular de fluidos nos pulmões e cérebro. |
Mebendazol | Primeiro trimestre: uso deve ser evitado, devido ao risco de teratogenia visto em animais, mas não confirmado em humanos. Segundo e terceiro trimestres: é permitido. Seu uso é contra-indicado em infecções por cestódios e deve-se evitar o uso desse medicamento em infecções por nematódeos no primeiro trimestre de gravidez. |
Melfalana | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Mercaptopurina | Não é recomendado o uso na gravidez. Ocorre um aumento na incidência de aborto em mulheres que usam mercaptopurina no primeiro trimestre da gravidez. |
Mesilato de nelfinavir | Primeiro trimestre: evitar. Não há evidência de risco nos demais trimestres e a terapia deve ser avaliada quanto aos seus benefícios. A dose recomendada em protocolos clínicos objetivando atingir o pico plasmático é de 1.250 mg, duas vezes ao dia. Não é recomendada a dose de 750 mg, três vezes ao dia, em mulheres grávidas, tendo em vista que as concentrações atingidas são insuficientes. |
Mesilato de saquinavir | Primeiro trimestre: recomenda-se evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a toxicidade ao feto, reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão vertical. |
Metotrexato de sódio | Metotrexato e outros antagonistas do ácido fólico são teratogênicos e no primeiro trimestre podem induzir aborto espontâneo. |
Metronidazol | Segundo e terceiro trimestres: deve ter seu uso limitado a casos não-responsivos a agentes alternativos, devido ao potencial mutagênico visto em experimentação animal. Primeiro trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: avaliar o risco-benefício. |
Nevirapina | Uso contra-indicado, principalmente no primeiro trimestre. Baseado nos estudos de efeitos adversos hepáticos graves, a terapia com nevirapina não deve se iniciada em mulheres com contagem de CD4 acima de 250 células/mm3, a não ser que os benefícios sejam claramente superiores aos riscos. |
Nifedipino | Pode inibir trabalho de parto. |
Nitrato de miconazol | Considerado seguro para uso durante a gravidez. Vários protocolos clínicos incluem o tratamento local com miconazol para candidíase vaginal (ou nistatina como alternativa), e anfotericina b para infecção micótica disseminada. É também o medicamento de primeira escolha para infecções fúngicas dérmicas durante a gravidez. |
Nitrofurantoína | Terceiro trimestre: pode provocar hemólise neonatal e anemia hemolítica neonatal se usada a termo. |
Noretisterona | Riscos claramente ultrapassam os benefícios. Contra-indicada em mulheres que estão ou possam se tornar grávidas. |
Omeprazol / omeprazol sódico | Evitar o uso, especialmente no primeiro trimestre de gravidez. Há relatos de anormalidades congênitas em humanos. |
Óxido nitroso | No terceiro trimestre: depressão respiratória neonatal. |
Palmitato de cloranfenicol | Uso próximo ao termo pode resultar em desenvolvimento da síndrome cinzenta no neonato. |
Palmitato de retinol | É teratogênica. Uso de suplementos deve ser evitado em mulheres que podem se tornar gestantes ou durante a gravidez. Doses acima de 10.000 ui/dia por tempo prolongado na gravidez têm sido associadas a anormalidades fetais no sistema nervoso central e na região craniofacial, defeitos cardíacos e no trato urinário. |
Pamidronato dissódico | O pamidronato atravessa a barreira placentária e determina efeitos adversos no feto. |
Pirimetamina | Primeiro trimestre: contra-indicado. Terceiro trimestre: avaliar benefício-risco. |
Praziquantel | Infecções por T. Solium devem ser tratadas imediatamente. O tratamento no caso de infecção por Schistosoma mansoni pode ser benéfico apesar do risco. |
Propiltiouracila | Uso não recomendado. Segundo e terceiro trimestres: pode promover bócio e hipotiroidismo neonatal. |
Propofol | Terceiro trimestre: depressão respiratória neonatal no terceiro trimestre de gravidez; não exceder 6 mg/kg/hora para dose de manutenção. |
Prova tuberculínica (derivado proteico purificado – PPD RT23) | Gravidez pode interferir no diagnóstico. |
Ritonavir | Primeiro trimestre: recomenda-se evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco. |
Solução de Ringer + lactato | Sais de sódio devem ser utilizados com precaução na pré-eclâmpsia |
Succinato de metoprolol | O uso de beta-bloqueadores durante a gravidez pode prejudicar o crescimento do feto, causar hipoglicemia e bradicardia neonatal. |
Succinato sódico de cloranfenicol | Uso próximo ao termo pode resultar em desenvolvimento da síndrome cinzenta no neonato. |
Succinato sódico de hidrocortisona | Risco de retardo de crescimento intra-uterino. |
Sulfadiazina | Não deve ser usada próxima ao trabalho de parto pelo risco de hiperbilirrubinemia do recém-nascido. |
Sulfadiazina de prata | Terceiro trimestre: contra-indicada devido ao risco de hemólise e metemoglobinemia neonatal. |
Sulfassalazina | Pode levar a icterícia raramente. Risco teórico de hemólise neonatal, principalmente em crianças com deficiência de g6pd, deve ser dado à mãe suplemento adequado de folato. |
Sulfato de amicacina | Riscos auditivos ao feto. |
Sulfato de bleomicina | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Sulfato de estreptomicina | Segundo e terceiro trimestre: pode causar danos no nervo auditivo ou vestibular. Monitorar a concentração sérica de estreptomicina. |
Sulfato de magnésio | Há relatos de síndrome do mecônio tampão, distúrbios neurocomportamentais e depressão respiratória em neonatos cujas mães receberam sulfato de magnésio, por via parenteral e em grandes doses, anteriormente ao parto para tratamento de eclâmpsia. |
Sulfato de morfina | Terceiro trimestre: deprime respiração neonatal; efeitos de retirada em neonatos de mães dependentes; estase gástrica e risco de pneumonia de inalação na mãe durante o trabalho de parto. Pode prolongar trabalho de parto. |
Sulfato de quinina | Primeiro trimestre: a administração de doses altas é teratogênica e também pode induzir o aborto. No entanto, o risco de malária é considerado maior que o risco para o feto. |
Sulfato de salbutamol | O sulfato de salbutamol inalado é o broncodilatador de escolha para uso na gravidez. A oxigenação insuficiente do feto devido a asma não controlada na gestante representa riscos maiores do que qualquer efeito advindo do fármaco. Porém o uso parenteral pode afetar o miométrio e oferecer potenciais riscos cardiovasculares à gestante. |
Sulfato de vimblastina | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Teniposídeo | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Tioguanina | Primeiro trimestre: uso associado à malformação fetal. Segundo e terceiro trimestres: pode determinar retardo no crescimento e na maturação fetal. |
Tiopental sódico | Terceiro trimestre: depressão respiratória neonatal. |
Vacina BCG | Primeiro trimestre: risco teórico de malformações congênitas. |
Vacina contra influenza | Recomenda-se administrar a partir do segundo trimestre de gravidez para evitar a fase com maior incidência de abortos espontâneos. |
Vacina contra meningococo B e C | Não deve ser administrada a mulheres grávidas, a menos que se considere necessário e justificado devido a um elevado risco epidemiológico. |
Vacina contra raiva (uso humano, cultivo celular) | A profilaxia pré-exposição é recomendada durante a gravidez se houver alto risco de exposição à raiva e o acesso à profilaxia pós-exposição for limitado. A gravidez não é considerada contra-indicação para a profilaxia pós-exposição, uma vez que a vacinação não está associada a malformações fetais e o benefício de prevenir a doença supera qualquer risco eventual. |
Vacina de vírus vivos atenuados de febre amarela | A menos que o risco de exposição seja alto, a vacinação deve ser evitada (risco teórico de malformações no primeiro trimestre). Caso seja necessária viagem para área endêmica, considera-se o risco da vacina inferior ao da infecção por febre amarela, especialmente após o sexto mês. Se possível, adiar vacinação para o terceiro trimestre. |
Vacina de vírus vivos contra sarampo | Primeiro trimestre: risco teórico de malformações, contudo o benefício pode superar o risco fetal. Mulheres devem ser alertadas para evitar engravidar pelo menos nos 3 meses seguintes à vacinação. |
Vacina oral contra poliomielite tipos 1, 2 e 3 | Não é recomendado para gestantes a menos que haja grande risco de exposição inevitável. |
Vacina tríplice viral contra sarampo, rubéola e caxumba (SRC) | Concepção deve ser evitada até 4 semanas após vacinação |
Valproato de sódio | Pode ser teratogênico e causar malformações como defeitos no tubo neural. O uso do valproato de sódio durante a gravidez deve ser considerado somente depois de discutidos com a mãe os riscos potenciais ao feto, e quando a gravidade e freqüência das convulsões maternas permitirem a retirada do medicamento sem prejuízos à paciente. A monitoração rotineira do tubo neural e dos parâmetros de coagulação é recomendada. Embora não haja evidências, a suplementação com ácido fólico pode ser feita previamente à gravidez estendendo-se até que a mesma se complete. Crianças nascidas de mães que utilizaram valproato durante a gravidez devem ter monitorados os níveis séricos de glicose durante várias primeiras horas de vida. |
Varfarina sódica | Contra-indicada para todos os trimestres de gravidez: malformações congênitas; hemorragia fetal e neonatal; há risco de hemorragia da placenta e fetal durante o parto. |
Zidovudina | Primeiro trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão vertical. |
Zidovudina + lamivudina | Primeiro trimestre: evitar. Segundo e terceiro trimestres: o benefício do uso é maior que o risco. O tratamento do HIV na gravidez reduz a progressão da doença na mãe e previne a transmissão vertical. |
Fonte: Medicinanet
Excelentes informaçoes , muito util mesmo . 🙂