A icterícia é uma doença que atinge cerca de oito em cada dez bebês recém-nascidos. Ela é caracterizada por manchas amarelo-alaranjadas que aparecem na pele e que podem ainda atingir o branco dos olhos – conjuntivas.
Icterícia neonatal
A icterícia neonatal é um problema comum entre recém-nascidos. Os cuidados com o bebê são simples, mas devem ser realizados com o acompanhamento de um médico para que o quadro não evolua. O problema torna-se evidente após o segundo ou terceiro dia de vida do pequeno, e dura por cerca de dez dias, a menos que o bebê seja prematuro – neste caso a icterícia pode ser mais intensa e prolongada. As manchas surgem primeiro na cabeça e vão descendo para o restante do corpo.
Quais são as causas?
A icterícia acontece devido ao aumento de um pigmento de cor amarela chamado bilirrubina. O pigmento é naturalmente produzido pelo organismo quando as células vermelhas se rompem – elas vivem por curto período. A hemoglobina se transforma em bilirrubina e é levada para o fígado, que a metaboliza e excreta. Quando o corpo não consegue eliminar corretamente a bilirrubina ela acaba se acumulando no sangue, o que causa a pigmentação amarelada na pele.
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Tratamento
Na maioria dos bebês, o problema desaparece naturalmente ou após o aumento da frequência da amamentação. Quando o recém-nascido mama pouco ele pode não conseguir excretar facilmente a bilirrubina por meio das fezes.
Caso as manchas não desapareçam, o tratamento pode ser feito por fototerapia, que com feixes de luz altera a estrutura da bilirrubina, diluindo o pigmento e fazendo com que seja mais facilmente eliminado.
Casos mais graves
Quando a icterícia surge após os primeiros dias de vida, pode estar associada a doenças, como infecção urinária ou enfermidade congênita. O diagnóstico é feito por meio de análise sanguínea, que aponta a presença e concentração de bilirrubina.
A icterícia deve ser tratada com atenção, pois sua evolução pode chegar ao sistema nervoso e causar encefalopatia e também anemia falciforme.