Se um bebê nasceu saudável, nada o impede de viajar de avião em seus primeiros dias ou semanas de vida. Mas, então por que isso é motivo de tanta preocupação por parte dos pais?
A explicação é simples: de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), no recém-nascido a Trompa de Eustáquio (canal que comunica o ouvido médio à parte posterior da garganta) é menos calibrosa e suas paredes tendem a colapsar, principalmente durante a descida da aeronave. Entretanto, a deglutição provoca a abertura desse canal, permitindo que entre ar no ouvido médio e ocorra equilíbrio entre a pressão interna e externa.
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Isso significa que para prevenir ou minimizar a ocorrência de desconforto ou dor deve-se oferecer o seio materno ou a mamadeira durante a decolagem e a descida do avião, e quando a criança se torna inquieta ou chora.
Confira outras dicas importantes para quem quer viajar com o bebê pelos ares:
– Sempre solicite assentos na primeira fileira. O ideal, mesmo que custe mais caro, é que o bebê ocupe um assento individual.
– De acordo com a SBP, o bebê deve ser acomodado em cadeira de transporte com certificado de qualidade, tipo bebê-conforto, afivelada ao cinto de segurança do avião e posicionada para trás, da mesma forma que no automóvel. Como as companhias aéreas não costumam ter a cadeirinha, a responsabilidade deve ser dos pais. E lembre-se: transportar o bebê no colo é não é recomendado, mesmo durante a decolagem e o pouso.
– A amamentação é segura e, como mencionado acima, ajuda a minimizar o desconforto que o bebê possa ter durante o trajeto.
– A bagagem de mão deve conter cobertor, fraldas, lenços umedecidos e uma muda de roupa completa, para o bebê e para a mãe.
– Sempre consulte o pediatra antes de uma viagem de avião, não importa a distância a ser percorrida. Somente ele poderá garantir que o recém-nascido não deverá ter problemas durante a viagem, além de fornecer outras recomendações específicas para cada criança.
– A Sociedade Brasileira de Pediatria lembra ainda que viagens aéreas não são seguras para recém-nascidos com anemia grave, doença cardíaca ou pulmonar, pois a menor quantidade de oxigênio no interior da aeronave leva à redução da oxigenação sanguínea, aumentando a necessidade de administração de oxigênio.
– Para voos longos, a utilização de sedativos é contraindicada.
E tenha uma boa viagem!