Minhas partes íntimas coçam: o que pode ser? Veja como tratar a coceira na vagina:
Sentir coceira é sempre muito desconfortável, independentemente da parte do corpo. Entretanto, a coceira nas partes íntimas pode ser também constrangedora e muito desconfortável, principalmente quando a mulher está em lugares públicos ou com outras pessoas.
A coceira pode ser causada por muitos motivos. Quando a sensação é na região externa, chamada de vulva, geralmente é devida a utilização de roupas apertadas ou confeccionadas com tecidos que irritam a pele, como calcinhas feitas de tecido sintético ou qualquer outro material que não seja algodão.
O crescimento dos pelos também pode ser um motivo para a coceira na vagina, assim como utilizar sabonetes íntimos e outros cosméticos também podem causar reações alérgicas na região.
No caso de a coceira ser interna, os motivos são ainda mais diversos e possuem diferentes origens e tratamentos, por isso, o ideal é consultar um ginecologista para descobrir a origem do problema e a melhor forma de eliminar a coceira.
Coceira e ardência na vagina
A região interna da vagina possui, naturalmente, algumas bactérias e fungos que compõe a chamada flora vaginal, que garantem o correto funcionamento da região, como o equilíbrio do ph e controle de micro-organismos.
Entretanto, se algum micro-organismo estranho se aloja de maneira indevida na vagina, isso pode causar uma infecção no local, o que gera coceira, ardência e corrimento.
A coceira vaginal, nome dado a coceira interna, pode ser causada por infecção de origem bacteriana ou por fungos. Dentre as infecções mais corriqueiras, estão a vaginose bacteriana, a candidíase e as DSTs.
A vaginose bacteriana é causada pelo aumento significativo da quantidade de bactérias na região vaginal. O uso de antibióticos pode causar a doença, já que o medicamento influencia na quantidade de bactérias do organismo e acarreta em um desequilíbrio das bactérias benéficas à flora vaginal.
Relação
Apesar de serem micro-organismos presentes normalmente no corpo da mulher, a doença pode também ser transmitida através de relações. Geralmente, a vaginose não causa ardência, mas tem entre os seus sintomas a coceira e corrimento com odor intenso e fétido.
No caso da candidíase, a doença é causada por fungos que também se desenvolvem em grande quantidade na região da vagina. Diferentemente da vaginose, a candidíase não tem como sintoma o corrimento com odor, mas sim de um líquido sem cheiro e esbranquiçado.
Além disso, causa muita coceira, ardência, inchaço e vermelhidão na região íntima, sendo que a ardência é ainda mais intensa durante a relação.
As DSTs mais comuns são a gonorreia, a tricomoníase e a clamídia. As três doenças possuem sintomas parecidos, como coceira, ardência, dor ao urinar e podem causar sangramentos, principalmente durante a relação.
É importante dizer que a utilização de preservativo durante a relação é extremamente importante, já que ele evita o contágio dessas doenças.
A menopausa também pode desencadear coceira e ardência na região da vagina, já que acontecem algumas alterações hormonais que podem fazer com que a região se torne mais vulnerável ao surgimento de infecções, além da parede vaginal se tornar mais fina, o que pode causar feridas e irritações.
Coceira na vagina na gravidez
O motivo mais comum para coceira na vagina durante a gravidez é a candidíase. O problema ocorre devido ao aumento da produção de hormônios durante a gestação, o que faz com que os fungos também se proliferem de modo exagerado, e assim causem a infecção.
Apesar da coceira, incômodo e até mesmo dor que a candidíase pode causar, a doença não é transmitida para o bebê durante a gestação, o risco existe apenas se a mulher ainda estiver com a infecção durante o trabalho de parto, quando o bebê passa pelo canal vaginal.
Como aliviar
Para aliviar a ardência e coceira na vagina, o ideal é que a mulher utilize roupas mais largas e confortáveis, além de usar calcinhas somente de algodão.
Banhos de assento em água fria também podem ajudar a diminuir os sintomas. Dessa forma, evitar lavar a região íntima com água quente durante o banho diário também é importante; caso a mulher tenha por hábito se lavar em água mais quentes, deve diminuir a temperatura pelo menos para fazer a assepsia da vulva.
A lavagem da região deve ser bem feita e de preferência com sabonete neutro, entretanto, deve ser realizada somente na parte externa da vagina.
Além de evitar calças justas e tecidos que não deixam a pele respirar, pelo mesmo motivo, a mulher deve evitar a utilização de absorventes e protetores diários, pois eles causam o chamado efeito estufa, ou seja, abafam a região atingida pela coceira e só fazem aumentar o problema.
Como tratar
No caso da vaginose bacteriana, o tratamento por vezes é dispensado, já que o organismo pode eliminar a doença naturalmente. Contudo, nos casos em que o tratamento é necessário, o ginecologista pode receitar antibióticos a serem ministrados por via oral ou vaginal.
As DSTs também são tratadas com antibióticos, mas com composição e dosagem diferentes dependendo da doença.
A candidíase é tratada com comprimidos ou pomadas. O medicamento por via oral geralmente é receitado quando se deseja um tratamento mais rápido, entretanto, no caso de candidíase na gravidez, a atenção deverá ser redobrada.
O médico pode receitar o uso de pomada específica ou supositórios, além de indicar alguns tratamentos naturais para auxiliar a diminuir os sintomas, já que o tratamento com pomada é mais longo. Dentre eles, banhos de assentos com chá de camomila pode ser uma opção.
Pomada ginecológica para coceira na vagina
Todo medicamento deve ser indicado pelo ginecologista, já que ele saberá informar qual a melhor pomada, o tempo de utilização e se deverá ser usada somente na região externa ou também inserida na parte interna da vagina. Entretanto, algumas pomadas podem ser facilmente compradas em farmácias sem a receita médicas.
Dentre as pomadas mais receitadas, estão as compostas à base de miconazol e nistatina.