Confira como lidar com a ausência do pai na gestação:
Durante a gestação é muito comum a mulher passar por uma fase mais sensível e necessitar de ajuda emocional. Ela precisa de apoio e nada melhor que o pai do bebê estar próximo. Mas muitas vezes não é isso que acontece. O pai acaba sendo responsável pela tristeza da mãe, o que pode ser um grande problema na fase da gestação.
Ausência do pai na gestação
O problema não está necessariamente na ausência física do pai, mas na maneira como a mãe lida com essa ausência, o que pode ser fundamental na formação emocional da criança.
A gestante precisa encontrar apoio também em amigos e familiares, pois dessa forma ela não se sentirá sozinha. É fundamental a importância do pai na formação e desenvolvimento e construção social, emocional e psicológica de uma criança. A figura paterna faz parte da estrutura emocional para nos tornarmos pessoas maduras e sadias.
A ausência do pai pode trazer uma série de consequências, dependendo do convívio da criança com outras figuras masculinas. No entanto, se o convívio for apenas com a mãe ou com figuras femininas, o problema aumenta na medida em que não haverá modelos masculinos para serem projetados.
A importância da proximidade do pai na gestação é para que a mulher se sinta acompanhada, tenha suporte e conforto durante os nove meses. Na gravidez, por conta dessa fase de mudanças corporal e emocional, a mulher se sente naturalmente mais sensível e mais insegura. E a presença do companheiro diminui esta angústia.
Pequenas atitudes como ajudar a mulher na preparação do enxoval, participar de consultas médicas, se interessar por aprender os cuidados com o bebê (trocar fraldas, dar banho, colocar para dormir) fazem grande diferença.
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Nessa fase a gestante fica muito fragilizada com preocupações com a maternidade, o cotidiano, a vida profissional. E o pai entra nesse momento como um companheiro. No parto, o papel paterno é de compreensão pelo momento único – e especialmente dolorido – pelo qual a mulher está passando.
Depois da gestação, o pai deve participar o máximo possível da rotina de seu filho. Fazer parte da vida de uma criança é fazer parte de seu mundo. Desde o útero, o bebê escuta e discrimina a voz dos pais devido a diferença de tonalidade. Portanto, o vínculo de afeto do bebê com a figura paterna se inicia ainda no útero.
Mirtes Gonzalez
Psicóloga Clínica