Quem é pai presente quase sempre quer ser um bom pai. E a dúvida se está fazendo um bom trabalho nesse sentido pode aparecer constantemente. Muita coisa é dita, seja por familiares, por meios de comunicação, pela escola etc. Com tanta informação e opinião, é possível que os pais se percam no que realmente importa para que o papel de responsável e tutor seja bem desenvolvido. (Como definir os horários para seu filho).
A psicóloga Solange Rosset, especializada em famílias e casais, resume esse papel da seguinte forma: “A questão mais importante de um bom pai é olhar o filho como uma pessoa separada de si, com características, habilidades e desejos diferentes. A pior coisa que um pai pode fazer é criar um filho para cumprir suas próprias vontades, para realizar seus sonhos não realizados, para suprir suas carências e necessidades”.
Sim, as aspirações individuais sempre podem influenciar na maneira como os filhos são criados e nas demandas que os pais podem exigir dos filhos. Apesar de ser normal, essa tendência deve ser evitada, afinal, mesmo sendo da família, cada pessoa é um ser único, com necessidades e gostos diferentes.
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O importante é compreender que os filhos aprendem muito mais observando quem lhes dá exemplo do que ouvindo lições. Os valores que realmente importam são influenciados através das atitudes e do comportamento constante de seus tutores e de quem eles admiram. De nada vai adiantar ensinar algo na teoria e não dar o exemplo prático.
O papel, tanto do pai quanto da mãe, é guiar os filhos com bons valores, lhes oferecendo suporte enquanto eles não podem seguir sozinhos. “Ele dará modelos de como funciona na vida. Será um porto seguro (ou não) para onde o filho sabe que pode voltar a qualquer mau momento. Será a figura importante nas questões triangulares, de casal e sexual, a partir das suas experiências e das experiências de casal que transmite para o filho através do que diz e principalmente do que faz”, detalha Solange.
Pode-se dizer que “bom pai” é um conceito muito subjetivo, ou seja, cada um tem suas considerações do que um pai deve fazer para ser bom. Não existe regra nem manual: cada um deve fazer suas escolhas de acordo com seus valores e sua cultura.
Dicas de como ser um bom pai
A psicóloga Solange Rosset pontua que “bom pai” é um rótulo muito amplo, mas que é possível listar algumas características básicas que podem ser observadas em pais exemplares. São elas:
- Estar presente, possibilitando o que a criança necessita em cada fase de desenvolvimento.
- Na fase de recém-nascido, um bom pai dá retaguarda para a mãe poder viver essa fase de simbiose com o filho.
- No desenvolvimento, um bom pai estará presente para mediar a relação da criança com a mãe, ajudando, dando outros modelos, tirando da relação exclusiva com a mãe. De acordo com a necessidade, dará limites com cuidados e amor; liberdade com responsabilidade.
- Na vida adulta do filho é estar presente sem invadir, respeitar sem abandonar.
Respeitar a individualidade e compreender as necessidades dos filhos em todas suas fases de vida é essencial tanto para pais quanto para mães ou outros tutores que pretendem ajudar na criação e na evolução dos filhos.