A placenta prévia, também conhecida como placenta de inserção baixa, é uma complicação da gravidez causada pelo posicionamento da placenta, que se implanta na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero. A cada mil grávidas, de três a seis mulheres tem o problema.
Não se sabe exatamente o que causa a placenta prévia. No entanto, os tipos persistentes de placenta prévia têm sido associados com:
- Formato anormal do útero;
- Gestações múltiplas (gêmeos, trigêmeos, etc.);
- Cicatrizes no revestimento do útero, devido a um histórico de cirurgias, cesáreas, gestações anteriores ou abortos.
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Estudos mostram que há um aumento na frequência de placenta prévia entre as grávidas fumantes e que tal aumento está relacionado com o número de anos que a mulher fumou cigarros anteriormente. As mulheres que tiveram seus filhos em idade mais avançada também podem ter um risco maior.
Sintomas da placenta prévia
É comum a placenta prévia não apresentar nenhum sintoma, sendo diagnosticada em exames de rotina. No entanto, podem acontecer alguns sinais de alerta, como:
- Cólicas;
- Sangramento que inicia, para e começa de novo dias ou semanas depois;
- Sangramento após relação sexual;
- Sangramento na gravidez, principalmente na segunda metade.
Tipos
Existem quatro tipos de placenta prévia. O tipo é que definirá o tratamento mais indicado e se a mãe deve fazer uma cesárea ou poderá optar pelo parto normal. É importante ressaltar que todos os tipos de placenta prévia podem causar hemorragia intensa em algum momento, implicando na necessidade de cesárea de emergência.
Placenta prévia parcial
A placenta cobre parcialmente a abertura do colo do útero. Nesse caso, o parto vaginal ainda é possível, mas depende do quanto a placenta está cobrindo. Se necessário, será feita cesárea.
Placenta baixa
Este tipo começa no início da gravidez, com a placenta já localizada mais baixo do que o normal. Entretanto, o canal não fica obstruído, havendo a possibilidade de realizar parto vaginal.
Placenta prévia marginal
A placenta prévia marginal acontece quando a parte inferior na placenta encosta nas margens do orifício interno do colo uterino. Qualquer sobreposição durante o parto pode causar pequenos sangramentos. No entanto, partos vaginais são normalmente seguros.
Placenta prévia completa
Este é o tipo mais grave, com a placenta cobrindo totalmente o orifício interno do colo do útero. A cesárea é recomendada e, em casos graves, o bebê pode precisar nascer prematuramente.
Tratamento
O tratamento deve ser orientado pelo obstetra e pode ser feito no hospital ou em casa, de acordo com o sangramento vaginal que a grávida apresenta. Geralmente, o tratamento envolve repouso e a adoção de alguns cuidados, como:
- Evitar fazer esforços e ficar muito tempo de pé, permanecendo a maior parte do dia sentada ou deitada, de preferência, com as pernas elevadas;
- Deixar de trabalhar, tendo que ficar em casa;
- Evitar ter contatos íntimos.
Além disso, o médico poderá prescrever remédios para ajudar no desenvolvimento dos pulmões do bebê, assim como medicamentos para evitar o parto prematuro e para que a gravidez se mantenha normalmente até as 36 semanas de gestação. Na 36ª semana de gestação, o médico poderá recomendar que se faça uma cesárea.
Em caso de sangramento intenso, a mãe poderá ter que fazer transfusões de sangue ou uma cesárea de emergência.
Importância do diagnóstico precoce
Se a placenta prévia é descoberta no início da gestação, as chances de melhorar por conta própria são altas. A posição da placenta pode mudar à medida que o útero cresce. Assim, até ao final da gravidez, a placenta pode estar no lugar correto. Então não se apavore.