Os analgésicos, muitas vezes utilizados pelas gestantes sem o devido controle médico, podem prejudicar o desenvolvimento dos bebês. É o que diz um recente estudo científico realizado na Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
Paracetamol: o grande vilão
A maioria dos analgésicos possui paracetamol em sua fórmula, e ele seria o grande vilão da história. De acordo com o estudo, mulheres que fazem uso de paracetamol durante a gestação possuem mais chances de ter bebês com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurobiológico que possui como principais sintomas a dificuldade de concentração, inquietude e impulsividade.
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A pesquisa
A pesquisa cientifica foi divulgada pelo Jornal da Associação Médica Americana e é importante para que sejam revistas as recomendações feitas às gestantes quando o assunto é analgésico e paracetamol. O medicamento não é tão seguro para gestantes, e os meses que mais apresentam risco de ingestão são do quarto até o nono da gestação. Quando ingerido no segundo e terceiro mês da gestação, o paracetamol aumenta em até 75% as chances de o bebê nascer com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.
Para que se chegasse a estes resultados, foram analisadas 64 mil gravidas, desde o uso de analgésicos na gestação até o comportamento de seus filhos no pós-parto.
Outros estudos
Por outro lado, alguns estudos estão sendo desenvolvidos e mostram que o uso de paracetamol na gestação pode não prejudicar o bebê.
A importância do acompanhamento médico
De qualquer maneira, a questão é que sempre que a gestante for fazer uso de um medicamento, por mais inofensivo que ele possa parecer, é importante consultar um médico. Ele saberá avaliar as reais necessidades e as possíveis consequências e efeitos para a gestação e para o bebê.