A chegada dos filhos é um momento especial na vida de uma família e que muda a rotina do lar. E quem disse que você, mamãe, precisa escolher entre carreira e maternidade? O clássico dilema de mulheres com filhos está com os dias contados. Para passar mais tempo com as crianças, muitas mulheres resolveram abrir um negócio próprio e trabalhar de casa.
Estudos mostram que as mães desenvolvem capacidade de negociação e de cuidar de várias coisas ao mesmo tempo, desenvolvendo mais soluções criativas, o que acaba refletindo positivamente em sua vida profissional.
As restrições de tempo e dinheiro assustam, mas por outro lado, fazem pensar em novos caminhos. É essencial aproveitar e dedicar tempo ao seu filho (que vai nascer ou já nasceu) e precisa tanto de você. Mas para ele também será muito importante sentir sua mãe feliz e ativa em busca do que deseja.
Vale a pena trabalhar em casa?
Fazer home office – trabalhar de casa -, não necessariamente com um produto ou serviço virtual, é uma realidade: cerca de ¼ da população brasileira já aderiu ao home office, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ser ou não on-line é uma opção da mulher.
Por ser digital, terá mais flexibilidade para também cuidar do bebê – o que não conseguiria em um emprego convencional que exigem a presença no local de trabalho. Mas como qualquer outro negócio, o trabalho pela internet demanda tempo e acompanhamento constante. Para que cresça – em visibilidade e vendas – a dedicação deve ser a mesma do que ter ou trabalhar em uma loja física.
Débora Lopes, mãe do Felipe (4) e de Sophia (2), viu na maternidade a oportunidade de montar a sua empresa. A jornalista de 33 anos saiu de uma longa experiência em editoras de revistas para abrir sua própria assessoria de comunicação e consultoria.
Leia mais: Trabalhar fora ou cuidar dos filhos?
“Quando iniciei nessa minha fase empreendedora meu primeiro filho estava com um ano de meio. Apesar de tantos compromissos e até de problemas pessoais que tive que enfrentar nesse período, as horas dedicadas ao trabalho foram bastante enriquecedoras e consegui me manter cumprindo prazos e desempenhando um bom trabalho”, disse ela.
Débora ainda dá uma dica para as mamães que pretendem empreender: “não tenham medo, seja de fracassar ou do que as pessoas vão pensar de você, pois o caminho para o sucesso é cultivado por obstáculos e até mesmo por falhas, que geram aprendizados e progressos. Posso dizer que hoje a informação está acessível em todos os lugares e consigo administrar boa parte dos trabalhos de casa, tudo on-line, até mesmo reuniões”, afirmou a Débora.
Já o artesanato foi o meio em que Andrea Mattos, mamãe de Henrique (5), buscou para empreender. Como já tinha conhecimentos de bordado e costura, resolveu investir em um curso para ampliar suas técnicas quando ainda estava grávida.
Hoje, ela trabalha em casa na produção de produtos em feltro e comercializa tudo pela internet. “O bom disso tudo é que você pode desenvolver um negócio com a sua cara, seus valores e propósito, tomar as decisões do seu jeito, o que traz muita satisfação”.
Brinquedos fizeram uma mãe virar empreendedora
“Nunca pensei em empreender, mas a maternidade me deu força, coragem e necessidade para encarar esse novo desafio”, conta Camila, 36 anos, empresária, blogueira e mãe da Lavínia de dois anos.
Com uma mecânica fácil e sustentável, as pessoas alugam brinquedos novos e seminovos, ao invés de comprar. Essa prática estimula o compartilhamento de brinquedos e do consumo consciente. Esta foi uma maneira que a Camila encontrou também para burlar a crise e de poder trabalhar mais próxima da sua pequena.
A Lip&Lop existe há seis meses e ajuda os papais a não desperdiçarem dinheiro com alguns tipos de produtos, que não serão utilizados por muito tempo, já que o tipo de brinquedo vai mudar conforme a idade dos filhos. Como uma cadeirinha que balança e vibra, que são utilizadas muitas vezes até um aninho do bebê. O interessante é que o cliente pode ficar com o brinquedo por um período mínimo de 30 dias, e se a criança enjoar pode trocar.
Para o segundo semestre, a empresária pensa na expansão dos serviços para festas infantis e reuniões familiares maiores, um final de semana na casa da avó, por exemplo. A empresa possui hoje aproximadamente 200 produtos, entre brinquedos e acessórios, das mais conhecidas marcas, atendendo crianças de 0 a 5 anos na capital de São Paulo.
Veja também: Ser mãe e pai ao mesmo tempo
Confira algumas sugestões de negócios para mães empreendedoras:
-Artesanato;
-Assessoria jurídica (advogadas podem usar a internet para obter novos clientes e se comunicar com eles. Caso precisar de uma reunião presencial, há serviços de diversos escritórios de co-working que cobram um baixo valor por hora);
-Aulas de dança;
-Aulas de idiomas;
-Aulas de música (canto, violão, guitarra, bateria, etc.);
-Brechó de roupas e brinquedos usados;
-Cuidadores de animais;
-Cuidadores de idosos;
-Cuidados com jardinagem;
-Decoração e organização;
-Design gráfico;
-Digitalização e organização de documentos;
-Gastronomia (organização de jantares, aulas de culinária, degustação de vinhos e cervejas, venda por encomenda, etc.);
-Kit de presentes (cestas de café da manhã, dia dos namorados, etc.);
-Redação e correção de textos;
-Secretária-remota;
-Spa & Estética (manicures, cabeleireiras, maquiadoras, massagistas e terapeutas que atuam na sua própria casa ou onde suas clientes precisarem de seus serviços);
Gostou do assunto? Veja 15 Ideias para mães empreendedoras ganharem dinheiro!