A onfalocele trata-se de uma má formação congênita, em que os órgãos que deveriam ficar na parte de dentro do abdômen, como fígado e intestino, crescem e permanecem na parte externa do corpo do bebê durante a gestação.
Quando ocorre essa má formação, os órgãos são envolvidos apenas por uma fina membrana, que faz o papel da parece abdominal que não conseguiu se formar adequadamente. Os órgãos em questão são formados entre a 8ª e 12ª semana da gravidez, portanto, já no primeiro ultrassom fetal é possível a visualização do problema.
Sinais da Onfalocele
O intestino do bebê é projetado na parte externa do corpo e, quando está completamente formado, é empurrado para dentro do abdômen pelo próprio corpo, quando finalmente a parede abdominal se fecha. No caso da onfalocele, esse fechamento não ocorre corretamente, fazendo com que o intestino (e às vezes outros órgãos) permaneçam para fora da parede abdominal.
Existem dois tipos de onfalocele: quando o defeito congênito é caracterizado como leve (ou brando), apenas uma parte do intestino da criança permanece na parte exterior do corpo, próximo ao cordão umbilical.
Sintomas da Onfalocele
Infelizmente, a onfalocele não possui nenhum sintoma anterior ou possibilidade de evitar tal má formação; o problema só poderá ser percebido através do ultrassom, a partir da 12 ª semana de gestação.
Onfalocele tem cura?
A única forma de cura para a onfalocele é através de cirurgia, que pode acontecer após o nascimento ou alguns meses depois, dependendo da gravidade e complexidade do defeito congênito. Devido a complicações da má formação, infecções e outros problemas relacionados ao problema, a taxa de mortalidade associada à onfalocele é alta e ocorre em 25% dos casos.
Tratamento da Onfalocele
O defeito congênito deverá ser avaliado em cada caso particularmente, entretanto, no caso da onfalocele branda, na maioria das vezes a cirurgia para a correção e inserção do intestino dentro da parede abdominal ocorre logo após o nascimento.
Já nos casos mais graves, por vezes a cirurgia imediata não é possível devido ao tamanho do órgão, do corpo da criança ou outra complicação que seja verificada. Infelizmente, cerca de um terço dos casos de onfalocele são acompanhados de outros problemas congênitos, na maioria das vezes cardíacos. Quando isso ocorre, é necessário avaliar os outros problemas que a criança possa apresentar e determinar a prioridade dos tratamentos, para que se realize a cirurgia mais urgente primeiro.
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Quando o bebê precisa aguardar pela cirurgia da onfalocele, os pais devem ter extremo cuidado ao tratar do tronco com os órgãos externos, pois a membrana que os recobre é muito fina e pode partir-se facilmente, o que acarretaria em prováveis infecções e consequências ainda mais graves. Após a assepsia da região, a membrana deve permanecer coberta com gases, espumas ou tecidos próprios até que a cirurgia seja realizada.
No caso de bebês que apresentam somente o problema de onfalocele, as estatísticas demonstram que as chances de total recuperação são mais altas e não deixam sequelas, apenas a cicatriz da operação e a reestruturação do umbigo.
É por fatores como a onfalocele e outras doenças que podem ser verificadas no início da gravidez que o pré-natal se torna tão importante, assim como o primeiro ultrassom ainda no primeiro trimestre da gestação; dessa forma, qualquer problema que possa ocorrer durante a gravidez poderá ser melhor avaliado e o caso estudado pelo ginecologista e obstetra, fazendo com que a gestação seja mais tranquila, acompanhada e consciente.