É comum encontrar pessoas que apresentam alergia a algum alimento, bebida, ou substâncias específicas. É provável que até mesmo você tenha alergia a algum elemento, mesmo que nem saiba disso. Porém, imagine uma mulher descobrir que é alérgica à gravidez? Isso foi o que ocorreu com a australiana Summer Bostock em sua primeira gestação.
O surgimento dos sintomas
O fato ocorreu no ano de 2012, quando Summer estava à espera do seu primeiro filho, mas foi divulgado na última semana. Quando estava com 30 semanas de gestação, ela notou o aparecimento de manchas avermelhadas pela barriga.
Porém, essas manchas passaram a causar dores intensas, de forma que Summer sequer conseguia dormir. As manchas então se espalharam da barriga para as pernas e costas e, em seguida, pelo restante do corpo.
“Com o tempo, começaram a aparecer mais linhas e, de repente, elas passaram a saltar e surgiram erupções”, relembra Summer. “Quando notei que não se tratavam apenas de estrias, fui me informar com meu ginecologista”.
O ginecologista recomendou o uso de creme para que as dores fossem aliviadas, além de um esteroide suave. Apesar disso, não houve redução do problema e a australiana tentou outros métodos, como usar produtos anti-inflamatórios, remédios e até mesmo banho de mingau e aveia.
A descoberta da doença rara
Quando buscou a opinião de especialistas, ela descobriu que estava com uma doença rara que ocorre no período pré-natal. Essa doença é chamada de “erupção polimórfica da gravidez” ou então Pápulas e placas pruriginosas e urticariformes da gestação (PPPUG). Felizmente, essa doença não oferece riscos para a mãe ou para o bebê, mas os médicos informaram que não havia o que ser feito até o nascimento do bebê.
Summer precisou suportar as coceiras e as dores insuportáveis, sem conseguir dormir ou mesmo tomar banho, pois o contato da pele com a água era terrível. Ao chegar na 37ª semanas de gestação, a australiana precisou ser levada ao hospital devido à intensidade das dores que sentia.
Depois de quatro dias internada, o bebê nasceu e, a partir de então, a alergia se enfraqueceu. “Para o meu alívio, um dia após o nascimento do meu filho, a alergia desapareceu por completo e não havia mais sinais das manchas. ”, recordou Summer.
A ocorrência dessa doença não impediu que Summer decidisse engravidar por mais duas vezes. Porém, a gestação dos seus outros dois filhos não apresentou qualquer tipo de transtorno para ela ou para os bebês.
Como ocorre a erupção polimórfica
A manifestação da doença conhecida por erupção polimórfica pode ocorrer, em geral, ao fim da gravidez ou ainda no período pós-parto, o que não foi o caso de Summer. As reações sempre causam coceira intensa e podem se manifestar através de bolhas, bolinhas espalhadas pelo corpo ou ainda lesões em forma de alvo. Apesar disso, as manchas acabam desaparecendo no fim da gestação.
As causas dessa alergia ainda não são completamente conhecidas, mas é mais comum aparecer em gestantes que adquiriram muito peso na gravidez. Em geral, ela não acontece novamente em futuras gestações.