Fertilização In Vitro (FIV): Valores 2020

A fertilização in vitro (conhecida como FIV) é uma técnica mundialmente conhecida desde a década de 1970, quando ocorreu o nascimento da primeira bebê de proveta do mundo.

Este é um dos procedimentos mais procurados por casais que têm alguma dificuldade para engravidar.

O tratamento consiste em realizar a fecundação do óvulo com o espermatozoide no laboratório de embriologia.

Um processo in vitro que requer o cultivo em laboratório para permitir a observação do correto desenvolvimento dos embriões e posterior transferência ao útero materno para a confirmação da gravidez.

As chances de engravidar com uma FIV comum estão em torno de 40% por ciclo, uma taxa que os especialistas estão conseguindo elevar a mais de 70% com o apoio de técnicas de genética avançada que personalizam o tratamento de fertilidade.

É caro fazer uma fertilização in vitro?

Apesar de suas várias aplicações, a fertilização in vitro ainda tem um custo financeiro muito alto devido aos complexos processos científicos de alta tecnologia empregados.

Os planos de saúde não cobrem esses serviços, que custam, em média, entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, cada tentativa, em clínicas particulares. Há clínicas que fazem parcelamentos a longo prazo e outras que dividem no máximo em 3 vezes.

Fertilização in vitro: valor 2020

O preço varia de acordo com a clínica, método utilizado, e até mesmo de região para região.

Existe ainda o alto custo dos medicamentos. Os hormônios mais baratos custam em média R$ 100,00. Os mais caros, podem chegar a R$ 5 mil.

Além disso, não é um procedimento com garantia total de sucesso, o que significa que talvez várias tentativas sejam necessárias para a concepção, o que aumenta ainda mais o peso financeiro para o casal.

Por isso, muitas pessoas, embora tenham o desejo forte de ter filhos, não conseguem realizar seu sonho por meio da técnica devido ao alto custo.

Quanto custa uma fertilização in vitro?

Relação sexual assistida – de R$ 350,00 a R$ 600,00

Tratamento inclui consultas ao ginecologista e ultrassom – de R$ 300,00 a R$ 500,00.

Hormônios, simples, tomados de forma oral – de R$ 50,00 a R$ 100,00.

Inseminação artificial – de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil

Tratamento inclui consultas, recolhimento e tratamento do esperma e inserção no útero – de R$ 500,00 a R$ 2.000,00.

Hormônios injetáveis – R$ 1.000,00.

FIV clássica – de R$ 10,5 mil a R$ 14 mil

Tratamento inclui consultas, exames, fertilização e inserção no útero – de R$ 7.000,00 a R$ 9.000,00.

Hormônios e medicamentos – de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00.

FIV com inserção de esperma – de R$ 11,3 mil a R$ 16,5 mil

É o valor da fertilização in vitro clássica, somado ao procedimento de injeção do espermatozoide dentro do óvulo, que custa entre R$ 800,00 a R$ 2.500,00.

FIV simplificada – aproximadamente R$ 5 mil

O tratamento inclui consultas, exames, fertilização e inserção no útero – R$ 3.500,00.

Hormônios e medicamentos – R$ 1.500,00.

Doação de óvulo – R$ 15 mil a R$ 18 mil

Além da fertilização in vitro e dos hormônios, os compradores pagam uma taxa referente ao tratamento da doadora do óvulo (a doadora não paga nada pela cessão do óvulo).

No total, o valor varia entre R$ 15.000,00 e R$ 18.000,00.

Doação de esperma – de R$ 8,3 mil a R$ 11,5 mil

Além da fertilização in vitro, é preciso comprar o sêmen em um banco de esperma. O valor varia entre R$ 800 e R$ 2,5 mil.

Doação do útero – aproximadamente R$ 15 mil

O casal que pretende ter o bebê também deve pagar o tratamento e os hormônios da doadora do útero.

Vale lembrar que a legislação brasileira proíbe a denominada “barriga de aluguel”, ou seja, pagar alguém para receber o embrião de um casal.

Diagnóstico pré-implantacional (PGD) – de R$ 6 mil a R$ 20 mil

Além do processo de FIV clássico e seus hormônios, o casal paga pelo exame genético nos embriões. Para quatro embriões, o valor médio do exame é de R$ 6 mil.

Leia mais: Congelamento de óvulos – Entenda mais sobre o assunto

Procedimento gratuito pelo SUS

De acordo com o Ministério da Saúde, essa assistência é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) desde 2009, mas foi só a partir de 2012 que o governo iniciou o repasse anual de aproximadamente R$ 11,5 milhões para os atendimentos.

Porém, no Brasil são poucos os hospitais públicos que realizam procedimentos de reprodução assistida gratuitamente e ainda é necessário entrar em uma lista de espera.

Atualmente, 12 unidades hospitalares no Brasil oferecem tratamentos para infertilidade pelo SUS:

• Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte/MG);
• Hospital Materno Inf. de Brasília – HMIB (Brasília/DF);
• Hospital das Clínicas (São Paulo/SP);
• Hospital das Clínicas (Porto Alegre/RS);
• Hospital de Clínicas (Goiânia/GO);
• Hospital das Clínicas FAEPA (Ribeirão Preto/SP);
• Maternidade Escola Januário Cicco (Natal/RN);
• Hospital N. Senhora da Conceição – Fêmina (Porto Alegre/RS);
• Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira – IMIP (Recife/PE);
• Centro de Referência da Saúde da Mulher São Paulo – Pérola Byington (São Paulo/SP);
• Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP (São Paulo/SP);
• Faculdade de Medicina do ABC (Santo André/SP).

Doar óvulo pode ajudar a reduzir custos?

Uma maneira de ajudar, em partes, a questão financeira da FIV é realizando uma Doação Compartilhada: quando uma mulher interessada em ter filhos, mas que não tem todos os recursos para pagar a técnica, pode doar alguns de seus óvulos para outro casal que também está tendo dificuldades de concepção.

Em contrapartida, estes pagam parte do tratamento da doadora. Assim, ambos aumentam suas chances de conseguir o que querem.

O CFM (Conselho Federal de Medicina) aprova a doação de óvulos para redução de custos de tratamentos reprodutivos com as seguintes condições:

• A mulher que doa os óvulos deve ter no máximo 35 anos, o que garante que seus gametas sejam saudáveis. Ela também não pode ter nenhuma doença genética hereditária grave;
• Todos os envolvidos devem estar tentando ter filhos por meio da fertilização in vitro;
• Tanto o casal receptor quanto o doador não podem ficar sabendo da identidade um do outro. Todo o processo é completamente anônimo;
• Testes devem ser feitos para maximizar a compatibilidade genética e física entre os óvulos doados e a mulher que irá utilizá-los.