Acabar de enfrentar o parto e imediatamente ter que estar pronta para cuidar do seu bebê, e não conseguir fazer tudo pode causar desânimo e frustração. Será que existem muitos erros comuns de mães de primeira viagem?
As mamães de primeira viagem sempre se perguntam: Será que todas as leituras, conversas com o médico, amigas e família são suficientes? Será que nos momentos a sós com o meu bebê cometerei algum erro que o prejudique? É como se cada momento com o bebê fosse um teste final e cada erro fosse prejudicar a vida da criança.
O importante, no entanto, é a mamãe lembrar de que a maternidade é uma experiência de aprendizado constante.
O que as mães de primeira viagem precisam saber?
Cuidar do seu bebê quando acaba de dar a luz implica em um enorme esforço físico, mental e emocional.
Admitir suas limitações, delegar algumas funções, pedir ajuda aos familiares ou aos amigos durante as primeiras semanas após o parto pode ajudar a recém-mamãe a superar a situação. Ser capaz de pedir ajuda quando algo vai além de suas forças são atitudes importantes e que não as tornam mais fracas. Ao contrário, demonstram que são humanas e que têm bom senso, ou seja, mamães de primeira viagem, inexperientes, mas sensatas!
Erros comuns de mães de primeira viagem
Confira abaixo 18 coisas que a mamãe de primeira viagem precisa saber:
- Sua vida vai mudar depois que o bebê chegar em casa e vai mudar para sempre!
- Não tenha medo de dar banho no seu bebê, seu instinto materno fará com que esse medo desapareça;
- Os primeiros meses serão os mais cansativos e você terá a impressão de que será assim para sempre. Mas vai passar voando!
- Nem sempre amamentar é fácil. Você não nasceu sabendo amamentar e nem seu filho a mamar, mas logo vocês pegarão o jeito;
- Sim, você acordará a noite para amamentar e muitas vezes essas noites serão intermináveis;
- Os bebês têm cólicas;
- Cada pai se comporta de maneira diferente quando nasce o bebê, tenha paciência e converse muito com seu parceiro sobre a nova rotina;
- Comer e tomar banho serão atividades que nunca mais serão como antes;
- As refeições serão frias e os banhos rápidos;
- Mesmo que você tente falar sobre outros assuntos, o foco sempre será maternidade;
- Seu bebê está ganhando peso? Se sim, então está mamando o suficiente. Não existe leite fraco;
- A respiração irregular dos bebês é normal. Eles mudam de um ritmo ofegante para um ritmo bem devagar durante o dia. Mas isso é normal. Quando estiver acelerada apenas tente acalma-lo e deixe-o mais à vontade. Nos primeiros meses de vida a criança está aprendendo até a controlar a respiração;
- O amor nem sempre chega junto com o bebê. Ele acontece aos poucos e você não é uma péssima mãe por conta disso;
- Vai querer mostrar para todo mundo o quanto seu filho é lindo;
- Pode ser que seu corpo não volte a ser como antes;
- Em geral, os bebês evacuam enquanto mamam devido ao reflexo gastrocólico, que avisa o intestino que é “hora de funcionar”. Entretanto, perto de completar o primeiro mês isso muda, podendo até mesmo passar dois ou três dias sem defecar porque o organismo dele ainda se adaptando;
- Tudo aquilo que você falou que jamais faria quando fosse mãe, começará a fazer;
- Conforme seu bebê vai crescendo, você estará muito mais preparada para enfrentar situações difíceis como mãe.
Leia mais: Fimose em bebê: como tratar?
Cuidados com o recém-nascido para mãe de primeira viagem
A superproteção com o bebê pode culminar em erros, que não apenas complicam suas vidas, mas que também podem colocar em perigo a saúde do seu filho. Por exemplo, os recém-nascidos sentem mais frio, mas se os agasalhamos demais, suam muito. Além disso, já foi comprovado que enrolar o bebê em roupas e mantas aumenta o risco de morte súbita e de asfixia. E se na sua cidade faz muito frio e na sua residência tem calefação e a temperatura está na casa dos 22º C, com um macacão de algodão e uma meia que cubra os pés, o bebê estará quentinho e não se resfriará. É possível saber se ele está com frio se as suas mãos e os seus pés estão um pouco arroxeados. Neste caso, convém agasalhá-lo mais. Se ele transpira perto do pescoço e da cabeça, é preciso deixá-lo mais fresco.
Outra dica é esquecer a teoria de que é bom deixar que o bebê recém-nascido chore porque caso contrário ficarão mal-acostumados. Não tem fundamento. Quando um recém-nascido chora deve pegar ele no colo, consolá-lo e verificar qual é a sua necessidade (mamar, troca de fraldas, agasalho etc.).
Seu bebê não é um relógio. Nos primeiros meses de vida não há como impor horários ao bebê. No início, eles seguem seus próprios instintos: mamam quando sentem necessidade, acordam e dormem quando precisam. Não adianta forçar o bebê a ter uma rotina, mas também não se pode impedir que ele, aos poucos, crie a capacidade de se reorganizar.
Outro erro é se empenhar em esterilizar tudo até que o bebê complete um ano. A higiene é fundamental, mas não se deve ficar obsessiva porque a ausência total de bactérias impede a criança em desenvolver suas próprias defesas.
Conselho para as futuras mamães
Trocar o bebê de peito antes que o leite termine – O leite que vem no final da mamada é o que mais alimenta e sacia, porque tem mais gordura que o do começo. “Logo que minha bebê nasceu tive muita dúvida com relação à amamentação. Para mim, tinha que ficar trocando o peito antes do leite acabar. Só depois que comecei ir à pediatra que ela explicou que tinha que esperar acabar o leite de um para trocar para o outro”, relata Amanda Finamore, 36 anos, mãe da Laura – Rio de Janeiro/RJ.
O que fazer quando o umbigo cair – Outro conselho da mamãe de primeira viagem, Amanda Finamore, é sobre os cuidados do coto umbilical após cair, pois ainda fica uma feridinha que deve continuar a ser cuidada da mesma forma até a cicatrização total. “Demoraram uns 10 dias após o nascimento da minha filha para cair o coto umbilical e um espaço de tempo de 15 dias até ir à pediatra. Depois que o ‘umbigo caiu’, lavava a região durante o banho normal, com sabão neutro e secava com a toalha. Quando fui à pediatra ela observou um cheiro forte – e eu achava que era normal da cicatrização – e me orientou que a limpeza deveria continuar para evitar infecções: após o banho deve usar um cotonete embebecido com álcool 70%”.
Confiar apenas nas avós e esquecer do pediatra – Os tempos mudam. O que há 30 anos ou mais era o ideal para os bebês, hoje não é recomendável. É importante sim aproveitar a experiência da mãe ou sogra, mas o pediatra é a pessoa que melhor sabe o que é mais adequado para o seu filho. “Eu acreditava muito nas crendices populares passadas por elas para evitar dar remédio para a minha bebê, e não surtia efeito. Como quando a bebê tinha indigestão. Minha mãe falava para amarrar um fio de algodão no pé da criança e o pediatra orientava dar Luftal. Eu tentei o fio de algodão, e é claro, não deu certo”, diz Juliana, 25 anos, mãe da Manuela – São Paulo/SP.
Lenço umedecido em recém-nascido – Lenços umedecidos devem ser evitados, pois é comum causar reações alérgicas. “Montei minha malinha da maternidade da minha primeira filha e já contendo os lenços umedecidos. Eu a limpei com o lenço e logo em seguida ela teve uma alergia/ assadura bem forte. Chegou a sair um pouquinho de sangue até e quando ela fazia xixi gritava, porque ardia, é claro. E eu descobri que foi devido ao uso do lenço umedecido – e usei o específico para recém-nascido ainda. O bebezinho só precisa de água e algodão… super natural e não causa nenhum efeito colateral”, descreve Regiane de Freitas Alves, 32 anos, mãe da Cecília e do Levi – Sorocaba/SP.
Troca de fraldas – “Nos primeiros dias eu não colocava a fralda limpa por baixo da suja para fazer a troca e o resultado foram várias roupas de cama sujas! Depois que me ensinaram isso diminuiu muitos os ‘desastres’”, conta Carolina, 28 anos, mãe da Maria Clara – Rio de Janeiro/RJ.
Concha de amamentação – “Meus seios racharam e sangraram muito. No hospital em que tive meu primeiro filho me ensinaram a usar uma concha de amamentação, que foi excelente. Antes de ter o bebê é legal ir usando porque ela também ajuda a formar o bico. Essa concha é muito boa porque protege o mamilo rachado, evitando o atrito com o tecido do sutiã, o que pode causar dor e dificultar a cicatrização. Todo mundo fica no sonho da amamentação, aí racha o bico do peito, machuca, dói e você tem vontade de chorar toda vez que o bebê pede para mamar. A concha me ajudou muito”, explica Denise Rodrigues, 34 anos, mãe do Vitor e do Luiz – São Paulo/SP.